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Pró-Amazônia Malária: reuniões com associações de produtores reforçam 1ª fase do projeto

04/12/2025

Encontros com lideranças comunitárias da Bacia Leiteira, em Porto Velho – RO, detalham o estudo e ampliam o cadastramento de domicílios e entrevistas sociodemográficas para mapear a transmissão da malária.

Maisa Araújo, coordenadora do projeto (Fiocruz Rondônia), reforça a importância da comunidade em todas as fases da pesquisa

A equipe do Projeto Pró-Amazônia Malária, coordenado pela Fiocruz Rondônia, participou de agendas com associações de moradores da Bacia Leiteira para apresentar objetivos, tirar dúvidas e, sobretudo, acelerar a primeira fase do estudo: o cadastramento de todas as casas e a realização de entrevistas sociodemográficas. Esses dados permitirão identificar onde a transmissão da malária ocorre com maior intensidade e produzir mapas de distribuição de casos em toda a área da Bacia Leiteira, orientando intervenções mais efetivas nas fases seguintes.

Encontros com as comunidades

Os encontros aconteceram nos dias 8 e 30 de novembro, na Associação São Francisco dos Chacareiros (ASFRACHAC), no ramal do Fortuna, e na Associação dos Produtores Rurais da Bacia Leiteira (ASPRERBAL), no ramal Piquiás – comunidade Três Piquiás. No primeiro encontro, a equipe apresentou o desenho do estudo, cronograma e benefícios para a região, com espaço para perguntas e alinhamento de procedimentos de campo. Já no segundo, a reunião tratou da importância de ampliar a adesão dos domicílios ainda não cadastrados e de garantir a participação nas entrevistas, etapa essencial para a qualidade dos indicadores que subsidiarão as próximas fases.

A primeira fase é decisiva. Cadastramos 100% das casas e concluirmos as entrevistas é o que nos permite mapear com precisão a distribuição da malária na Bacia Leiteira. Com essa base, conseguimos direcionar as ações de controle de forma mais eficiente e justa.

afirma a pesquisadora em Saúde Pública, Maisa Araújo, coordenadora do estudo em Rondônia (Fiocruz RO).

Produtores rurais esclareceram dúvidas com os pesquisadores; cadastramento de todos os domicílios é fundamental para os objetivos do estudo

Como os dados serão usados

Os questionários domiciliares e informações sociodemográficas serão integrados aos registros de saúde e aos resultados da vigilância entomológica da Fase 3 (monitoramento de Anopheles, com ênfase em Anopheles darlingi). O conjunto permitirá: construir mapas temáticos de ocorrência/transmissão; identificar horários e contextos de maior risco; apoiar a priorização de medidas como a distribuição de mosquiteiros impregnados com inseticida de longa duração (MILDs), uso de teste diagnóstico rápido (TDRs) nas fases seguintes, além de acompanhar a adesão comunitária às estratégias de prevenção e tratamento.

Próximas etapas do projeto

Concluída a 1ª fase (censo domiciliar e entrevistas) e avançando a Fase 3 (vigilância entomológica com TAHP, repouso intradomiciliar por piretro e estimativa da EIR), a iniciativa seguirá para a Fase 4, que inclui ações educativas e implementação das intervenções com monitoramento vetorial antes, durante e depois.

Encontros com lideranças comunitárias e produtores rurais integram etapa decisiva do projeto

Serviço:

Projeto: Pró-Amazônia Malária

Coordenação geral: Jansen Fernandes Medeiros (Fiocruz Rondônia)

Coordenação em RO: Maisa Araújo (Fiocruz Rondônia)

Áreas de atuação em RO: Bacia Leiteira (Porto Velho/RO), com reuniões nas associações ASFRAJAC (08/11) e APRERBAL (30/11)

Parcerias: SEMUSA/DCZ; Agevisa/RO; CEPEM; ILMD/Fiocruz Amazônia; USP; MEI/UCSF; PNCM/MS

Fomento: FAPERO e CNPq

Contato para imprensa: Raissa Dourado — raissagolden@gmail.com | (69) 99217-6294

 

Texto: Raissa Dourado com revisão de José Gadelha

Fotos: Anária Regina/Alessandra Bastos

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