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Inscrições para a segunda turma do Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz terminam em 19 de setembro

11/09/2025
Pós-graduação é gratuita e voltada para profissionais e gestores que atuam na área de vigilância em saúde em regiões de fronteiras do Brasil com os demais países da América do Sul. Encontros presenciais também acontecerão em novos polos presenciais: Porto Velho (RO), Recife (PE), Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ).

Rio Madeira – RO. Foto: José Gadelha

Profissionais brasileiros e estrangeiros que atuam na área de vigilância em saúde em regiões de fronteira têm até o dia 19 de setembro para se inscrever no processo seletivo da segunda turma do Programa VigiFronteiras-Brasil, promovido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde (SVSA/MS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A iniciativa oferece 75 vagas gratuitas em cursos de mestrado e doutorado acadêmico e profissional, com início previsto para janeiro de 2026.

O programa é voltado para trabalhadores da saúde que atuam na gestão, assistência e avaliação de serviços de vigilância em saúde, com ênfase no enfrentamento de doenças transmissíveis. Além das fronteiras brasileiras, o processo seletivo está aberto também a candidatos de países vizinhos, como Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai, Venezuela e a Guiana Francesa.

Nesta segunda oferta, o Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz apresenta três grandes novidades. As vagas para ações afirmativas foram ampliadas: 55% das vagas estão reservadas a pessoas negras, indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência e pessoas trans (travestis e transexuais). Além de Manaus (AM), Tabatinga (AM) e Campo Grande (MS), os encontros presenciais também acontecerão em novos polos presenciais: Porto Velho (RO), Recife (PE), Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ). Por último, mais programas de pós-graduação envolvidos: novos cursos da Fiocruz passam a integrar o consórcio, ampliando linhas de pesquisa e o número de docentes engajados.

Para a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Mariângela Simão, a qualificação proporcionada pelo VigiFronteiras-Brasil é essencial para aprimorar a resposta do sistema de saúde em territórios estratégicos. “Gestores e profissionais atualizados conseguem planejar e executar uma vigilância mais sensível e responder rapidamente a situações de ameaça à saúde. Por isso, investimos na constante preparação dos nossos gestores e profissionais”, destaca.

O representante da Opas/OMS no Brasil, Cristian Morales, também ressalta o papel da iniciativa como referência internacional. “A vigilância em saúde nas fronteiras é um campo essencial para a segurança sanitária das populações e para a solidariedade entre os países. O Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz representa um avanço significativo ao reunir saberes, experiências e compromissos dos profissionais que atuam nesses territórios estratégicos”, afirma.

Para Eduarda Cesse, coordenadora geral do Programa e vice-presidente adjunta de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, o programa também colabora para a formação e fortalecimento de redes de cooperação entre países da América Latina. “Ao longo do curso, os participantes recebem uma formação multidisciplinar que os capacita a lidar com os desafios complexos da vigilância em saúde em regiões fronteiriças, como em casos de emergências de saúde pública de interesse nacional e internacional, articulando pesquisa, prática e políticas públicas, já que a maioria deve preferencialmente estar atuando nos serviços”, explica.

Como participar

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas exclusivamente pelo site Acesso Fiocruz (https://acesso.fiocruz.br). Os editais estão disponíveis em www.campusvirtual.fiocruz.br e formacaovigisaude.fiocruz.br, com informações completas sobre requisitos, etapas da seleção (prova de inglês, análise curricular/documental e entrevista on-line), critérios para reserva de vagas e cronograma. As aulas serão realizadas em formato híbrido, combinando encontros presenciais obrigatórios nos polos definidos e atividades on-line síncronas. O mestrado terá duração de 12 a 24 meses, e o doutorado, de 24 a 48 meses.

O programa formou, em sua primeira turma, 32 mestres que já concluíram suas dissertações em temas estratégicos para a saúde nas fronteiras, e mantém em andamento a primeira turma de doutorado, com conclusão prevista para o fim de 2025. Aproximadamente 92% dos alunos estão vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Com essa nova oferta, a expectativa é fortalecer ainda mais as ações de vigilância em saúde e preparar profissionais para atuar em situações de risco sanitário em escala nacional e internacional.

Informações e dúvidas sobre os editais e o processo seletivo serão fornecidas apenas por e-mail (selecao.vigifronteiras@fiocruz.br). Outras informações sobre programa no site formacaovigisaude.fiocruz.br e no seu perfil nas mídias sociais @formacaovigisaudefiocruz

Colaboração de Bruna Cruz (Programa VigiFronteiras Brasil/Fiocruz)

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