Em todo o estado, 11 cidades estão em situação de risco para a dengue, de acordo com o primeiro Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), do ano. Para combater o avanço de novos casos, é necessário o envolvimento de toda a população.
Gestos simples como eliminar adequadamente o lixo doméstico, tirar a água que fica acumulada nos pratinhos dos jarros de planta e retirar sucatas e entulhos, ao final de uma reforma ou construção civil, podem fazer toda a diferença, quando o assunto é o combate à dengue, zika e chikungunya. Mas isso não é o suficiente, alerta a pesquisadora em Saúde Pública, da Fiocruz Rondônia, Genimar Rebouças Julião. Em muitas situações, o que pode parecer resolvido reserva um problema maior, quase sempre imperceptível, “não basta, apenas, derramar a água acumulada daquele pratinho do vaso de planta, é preciso limpar com uma esponja, para que qualquer eventual ovo que esteja grudado nas paredes desse recipiente seja também eliminado”, esclarece
Picada do mosquito Aedes aegypti
Outra preocupação é que ao deixar esses espaços disponíveis para o mosquito no ambiente doméstico, o material que fica acumulado nos quintais poderá tornar-se um criadouro do Aedes aegypti, e o morador correrá o risco de contribuir para a circulação de outras arboviroses como zika e chikungunya, além de estar sujeito a essas doenças.
Notificações
Larvas do mosquito Aedes aegypti criadas no Laboratório de Mosquitos Transmissores de Hematozoários
Apesar dos números apontarem redução, Porto Velho e outras 30 cidades rondonienses estão em estado de alerta, com índice de infestação predial entre 1% e 3,9%. Os dados informados têm como referência o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), e também apontam situação de risco para 11 cidades, entre elas Itapuã do Oeste, Nova Mamoré, Cacoal, Espigão do Oeste, Ji-Paraná e Jaru, que tiveram índice de infestação predial entre 4% e 9,5%. Apenas 10 cidades estão em situação satisfatória, com índice de infestação abaixo de 1%.
Texto: José Gadelha
Fotos: Banco de Imagens Fiocruz