Primeira fase de mobilização se inicia com a inauguração conjunta do novo Centro de Clima e Saúde em Rondônia e dos espaços destinados às áreas de Gestão e Ensino

Fachada da nova sede, em Porto Velho-RO
A Fiocruz inaugura e dá início, nesta terça-feira (16/12), ao processo de ocupação das instalações de sua nova sede em Rondônia. Após 16 anos de funcionamento na atual sede em Porto Velho, a Fiocruz Rondônia ocupará o espaço da extinta Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e Letras de Rondônia (Faro). O processo de mudança para a nova sede será realizado em etapas. A primeira fase de mobilização se efetua com a inauguração, também nesta terça-feira, do novo Centro de Clima e Saúde em Rondônia (CCSRO) e dos espaços destinados às áreas de Gestão e Ensino.
Na sequência, serão ocupados os blocos onde funcionarão as áreas de Pesquisa, Ambulatório de Hepatites Virais, Biotério e demais setores, acompanhados da migração do Centro de Pesquisa em Medicina Tropical (Cepem) para o novo campus, encerrando a segunda fase. O novo prédio foi comprado pelo Ministério da Saúde (MS) por R$ 42 milhões. Para as adequações, houve um investimento de R$ 16 milhões em infraestrutura e de R$ 1,5 milhão em equipamentos. A nova sede está situada no km 6,5 da BR-364, sentido Cuiabá.
O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, afirma que a nova sede representa um passo importante para a saúde pública e para o fortalecimento da ciência e tecnologia em Rondônia.
Estamos aqui para somar e, junto com os rondonienses e num diálogo constante com a sociedade local, contribuir decisivamente para enfrentar os muitos desafios da região amazônica,
ressalta.
Coordenador-geral da Fiocruz Rondônia, Jansen Fernandes de Medeiros destaca o momento como um grande marco na trajetória da instituição no estado.
A adequação e modernização da estrutura da nova sede consolidam a capacidade de pesquisa da Fiocruz Rondônia, além de restabelecerem novas colaborações e parcerias em projetos inovadores e estratégicos, com foco no desenvolvimento,
afirma.

Localizada às margens da BR 364, nova sede permite melhor integração com a natureza e espaços e convivência
A aquisição da nova sede foi realizada em dezembro de 2024, após mais de uma década de esforços para viabilizar uma unidade própria em Rondônia. A partir do Programa de Nacionalização da Fundação, o Escritório Técnico da Fiocruz Rondônia foi instituído oficialmente em fevereiro de 2009, com a incorporação, da estrutura do Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais (Ipepatro), idealizado pelo professor Luiz Hildebrando Pereira da Silva, no final da década de 1990.
Ao longo dos anos, a Fiocruz Rondônia vem se fortalecendo como uma instituição de pesquisa e ensino na Amazônia Ocidental, com contribuições de relevância ao desenvolvimento da região. A unidade regional da Fundação faz estudos pioneiros em doenças negligenciadas e forma recursos humanos qualificados na área da Saúde (aproximadamente 400 mestres e doutores), além do desenvolvimento de tecnologias que fortalecem o SUS.
Ao atuar também na capacitação de profissionais de saúde, na assistência e prestação de serviços, a Fiocruz Rondônia amplia o acesso de populações vulneráveis (em especial comunidades ribeirinhas, indígenas e da zona rural) a serviços, contribuindo para a redução das desigualdades sociais. Em parceria com outras unidades da Fundação, instituições de pesquisa nacionais e internacionais, e órgãos governamentais, a Fiocruz Rondônia produz conhecimentos em áreas prioritárias e preenche lacunas importantes na compreensão de doenças endêmicas e de seus impactos nos territórios amazônicos.
Com o início da ocupação da nova sede, a Fiocruz Rondônia reforça a sua missão de gerar, difundir e induzir soluções científicas e tecnológicas em patologias negligenciadas e se consolida como instituição de referência na produção de conhecimentos na área da saúde em consonância com os determinantes ambientais e sociais. Também destaca – como um de seus pilares – a formação de profissionais mais preparados e voltados à compreensão dos desafios sanitários regionais.
Texto e fotos: José Gadelha
